Cochabamba, Cidade Jardim

Postado por Babi Silva , sexta-feira, 18 de setembro de 2009 19:21




Bom, durante o vôo de Sta Cruz de La Sierra à Cochabamba, pude perceber os contrates. Primeiro voei durante muito tempo sobre kilometros e kilometros  de rios secos. Era quase que assustador ver rastros de algo que seria largos e compridos rios.



Depois começou a paisagem de montanhas. Muitas altas montanhas. E de repente, um grande vale com muitas casinhas lá embaixo. Pronto, cheguei à Vale de Cochabamba.


A cidade é linda, cercada de montanhas como minha Belo Horizonte. Cochabamba fica realmente em um vale, é plana e para todos os lados se vê as montanhas ao fundo. 
Quando desci do avião meu primeiro susto: Cadê minha mala!? Não estava na esteira. Fui até o senhor que desligou a esteira e arranhei um portuñol pra saber onde estava minha mala. Ele me indicou um balcão e surpresa, lá estava ela linda me esperando. Depois que peguei minha mala outro susto: Cadê  a plaquinha escrita AIESEC? Vixe, agora danou-se. Não sei para onde devo ir. Ligo para um número. Desligado. Ligo para o segundo numero que tenho. Não atende. Começo a me desesperar. Ligo para o 3º e último número que tenho.

Ufa, Mauricio atende. “Hola Barbara, como estás? Nosotros estamos llegando.” Ok. Aguardei um pouquinho e quando olho para o lado o que vejo. Não só uma plaquinha, mas uma enorme faixa da AIESEC. Ai que lindo! Quando chegamos do lado de fora do aeroporto havia uma caminhonete abarrotada de gente. Todos ali para me dar as boas vindas. Aeeeê, me senti em Sta Cruz novamente. Claro que tiramos a famosa foto coletiva antes de irmos almoçar.



Cochabamba é conhecida por seus jardins (realmente lindos) e por sua comida. Bom, minha primeira refeição em Cochabamba não foi nada típico. Comemos uma pizza. O que me chamou a atenção da pizza foi seu tamanho. Aqui tem o tamanho pequeno, médio, grande, gigante e interminável! Comemos a interminável que é quase interminável mesmo. Ainda bem que estávamos em 10 pessoas.
Depois fomos deixar minhas malas na casa que seria minha pelos próximos 2 dias.


 Uma casa onde vive 1 trainee da Dinamarca, o diretor de projetos da AIESEC Cochabamba, Pablo que também é o responsável por minha vinda até aqui e outro membro da AIESEC cochabamba. A casa tem 3 quartos, então não poderia ficar por lá muito tempo. Sim, não tenho casa pra morar. Tudo bem, penso nisso depois. Agora quero conhecer um pouco a cidade Jardim.
Cheguei  1 dia antes do aniversário da cidade (que sorte). As ruas estavam cheias de gente e havia muitos desfiles, como parada de 7 de Setembro, mas com a diferença que havia 1 desfile em  cada praça. Aqui tem muitas praças. Todas muito grandes e cheias de jardins. Não tenho fotos, pois esqueci de carregar a bateria da minha câmera. Ai meu amigo Murph...


Depois que vimos alguns desfiles e conhecemos algumas praças fomos em direção a La Cancha, um lugar conhecido por vender coisas típicas e coisas baratas. É uma mistura de Shopping Oi e Feira Hippie, mas é numa rua. Lá as coisas são ainda mais baratas que o normal. É possível comprar 3 dvds  de filme por 10Bs (3 reais).  Estava vendo algumas bandeirinhas e outras lembranças da Bolívia quando, de repente, minha vista começou a escurecer, fiquei enjoada e por pouco não cai. Sentei-me e todos vieram me ajudar. Diziam coisas que não conseguia entender por causa do enjôo. Entrei no taxi e fui pra casa.
Chegando a casa já me deram um chazinho... Pensei: Pô, eu aqui, quase morrendo e esse povo em vez de me levar ao médico me dá chazinho!  Sim, o milagroso chá de Coca. Passei mal por causa da altitude. Não deveria ter ido de avião, pois a mudança na altura foi brusca. Santa Cruz de La Sierra está a uns 500 metros de altitude e Cochabamba está a 2500 metros.  Por causa da altitude é difícil respirar. A gente respira, respira, mas parece que a quantidade de ar que entra não é suficiente, dá uma agonia imensa. Além disso, o ar daqui é muito seco, entra queimando e ferindo o nariz que, por vezes sangra por causa disso. A cabeça dói muito nos primeiros dias por causa da alta pressão. E se caminho um pouquinho mais rápido já fico tonta e sem ar.  Meu plano de entrar na academia está suspenso, por enquanto. Dizem que esses sintomas passam depois de uns 15 dias. Por enquanto, o chá de Coca é meu companheiro, pois alivia a dor de cabeça, parece que diminui a pressão e o vaporzinho que sai é bom para respirar.

Primeiras impressões de Cochabamba


- Uau... não é Rio, mas a cidade é maravilhosa. Cheia de jardins e praças bem cuidadas.
- Ah, tem o Cristo também. Dizem até que é maior que o Cristo do Rio (vou averiguar pessoalmente).
- Aqui tem um lugar chamado Copacabana, às margens do Lago Titicaca.
- A altitude realmente está sendo um problema. Espero que passe logo.
- O trânsito é bem melhor que o de Sta Cruz, mas ainda é confuso. (acho que perdi o referencial de trânsito organizado).
- Os taxis são mais discretos, mas ainda existem alguns bem enfeitados e com várias luzes piscando (acho que estou sentindo falta da extravagância de Sta Cruz).
- Aqui também não se usa cinto de segurança.
- Há muitos motoqueiros pela cidade e nenhum usa capacete (Pra quê? É bem melhor sentir o vento no rosto).
- As pessoas são mais tranqüilas e caladas. Não são muito de farra, como as pessoas de Sta Cruz. Levei quase 3 dias para beber minha primeira cerveja.
- Há muitos quéchuas e camponesas (aquelas que carregam seus filhos nas costas embalada por um pano colorido) circulando pela cidade.
- Cochabamba é uma cidade de Jovens universitários. Tem muito brasileiro estudando por aqui, mas por enquanto, não trombei com nenhum.

Bom, fiquei na casa bonita só por 2 dias. Por enquanto, estou dormindo no trabalho. Espero resolver isso até domingo.

To be continued...

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